
Há muito penso no que cantei.
Nas flores que chorei.
Nas lágrimas que encantei.
E todas as outras birras,
Que fiz em memória de você.
Hoje o café não tem ardor.
As mentiras sem sabor.
As pipas sem amor.
A mesa sem calor.
Agora na via suja espero.
A passagem de um bonde.
Que me leva ao centro da vadiagem.
Tudo isso faço,
Em memória de você.
No banco sujo me sento.
E como se fosse neutro.
Tiro da sacola um violão.
E sem medo do futuro.
Toco dissonâncias.
Como ratos que voam para viver.
Todas essas notas que farei,
Em memória de você.
A fumaça dos autorrodáveis entra em meus pulmões.
Sem me importar as transformo em vibrações.
Pouco se vai e a festa esta formada.
E a ciranda da vida renasce.
Em memória de você.
Mas estas melodias não são eternas.
Elas se findam.
A alegria da voz se vai.
As cordas não vibram mais.
As melodias se apodrecem.
Mas as outras mãos se apaixonam.
Começando uma nova alegria.
E como chuva, aparecem novas harmonias.
Como rios se encontrando na foz.
Todas essas melodias,
Que não são em memória de você.
Eu sou sua fã!
ResponderExcluirBjo Thays
Nossa...não escolhi nenhuma das alternativas --> ENGRAÇADO..INTERESSANTE...LEGAL.. Pq eh simplesmente bem mais q apenas qq uma dessas características acima..muito profundo..porém não deprimente pois se finaliza com um recomeço!!
ResponderExcluirUm abraço!
Lara [Brida]
Interessante é pouco para classificar este poema que fala profuntamente....continue assim... você vai longe...
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