Uma tese da humanidade

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Para Francis


Você me ama?

Não sei
sou da dor
de tentar encontrar
algo que se ame

Minha mente paralisada
não há nada novo
Somente o amargar do sono
o triste no sonhar

Vivo apenas nas ilusões
de tocar o mundo
de estar com elas
para deitar-me em seus jardins

Com carícias e afagos
me sentir um,
aquele cuja beleza
está além das palavras
além do tempo
além da vida

alguém cuja beleza
não passa da porta
não sai do papel.

Renato Carvalho

O corpo, a cara

Passeio pela vida
Sentindo sabores
crendo que todas as coisas
são moedas

Bem e mau,
equilíbrio e caos,
Deus e o diabo,
o pronto e o inacabado.

Há muitos que andam apenas por um lado
Surdos,
cegos,
santos
e aqueles que se afundam em suas misérias.

Porém, eu me faço equilibrado,
bi polarizado.
Vivo de encontro com a criatura mais dócil
ao ser mais ignorante e violento.

Tudo é apenas medo,
medo de ser apagado das memórias,
de apenas ser contado nas estatísticas,
de ser levado pelo ralo com água.

Renato Carvalho

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Produto imerso

Brevemente estaremos lançando o EP "À Tonica"....
Serão tres musicas com os seguintes titulos:
1.Pega Ladrão
2.Baile dos cegos
3.Nirvana

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Amor

Amor é algo que não se toca,
e algo que não se encontra,
e muito menos algo que se ganha.


O amor não esta a mercê de você,
você é quem esta a mercê dele.
Ele te domina e te engole,
te clareia e te ilude.


corrijo-me,
o amor não ilude,
simplesmente não era amor.


acrescento,
amor não é apenas beijos e transas,
ele é excencialmente uma grande amizade.


Nego,
o amor não me achou,
ele não gosta muito de mim.


Afirmo,
o amor esta ao meu lado,
basta ama-lo.




Renato da Silva Carvalho

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Paul

O dia hoje amanheceu perfeccionista,
Mas as coisas sempre pioram.
Tento achar o culpado das burradas
Que assombram minha rotina.
Me deixando cada vez mais um não eu.

Pois é, neste trem eu vou,
O trem dos desesperados,
Achando que as coisas podem ser mudadas
No simples ato de me ajoelhar,
E pedir um por favor a alguém comum.
Nesta evolução dos fatos vou seguindo,
Pedindo a Deus um afago,
Pedindo a Deus uma explicação,
Do por que da tempestade.

Mas é na calada da noite
Que percebo a ruindade que fazem comigo.
Agora sei o culpado disso tudo,
É a minha sombra no trem dos afoitos.

Renato da Silva Carvalho

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Você sabe o que é soberba?

           Soberba é tudo aquilo que se você não souber controlar, vai estragar tudo. De fato todos somos soberbos, eu, você, meus mestres, meus colegas e amigos. Enfim, esta dentro de nós esse doce xarope que bebemos toda vez que acordamos o melhor que temos. Mas uma coisa eu lhe digo, essa poderosa mania pode sair do controle, principalmente quando você não é bom no que faz, mas você jura pelo céu e pelo inferno que você é o melhor.
             Vejamos alguns exemplos: Cazuza pensou que sua poesia era melhor do que a do... sei lá de quem, mas não era. Faustão sempre achou que seu jeito de malandro  agradava a todos os tele espectadores e aos seus intrevistados, mas não, é o maior chato que conheço. Ele pode entrevistar Machado de Assis, observe que estamos ressuscitando-o  apenas para um entrevista com o Fausto, mesmo assim ele somente falará merda. Eu por exemplo, tocava em uma banda muito boa, que modéstia a parte tinha tudo para ser a melhor do RN, mas por causa de um soberbo, a trapalhada foi total, e o tal nem musico era, creio que ele se achava essencial por causa disso, talvez. E o Roger waters, um dos idealizadores da banda Pink Floyd, preciso nem continuar.
              Pois é, caso você não seja bom em algo, guarde sua soberba para outro algo, e se você for bom em alguma coisa, aprecie este vinho com moderação.


Renato Carvalho
Anexo:http://pt.wikipedia.org/wiki/Soberba

domingo, 13 de dezembro de 2009

Mensagem

Vejo a mensagem em linhas da praça.
Ela fala de felicidade.
Ela fala de alegrias breves.
Ela fala de tristeza.
Ela fala de felicidades longas.
Ela fala de corridas emaranhadas de grades sortidas.


Vejo as crianças sujas de alegria.
Elas falam de ordens.
Elas falam de desordem.
Elas falam de sentimentos eufóricos.
Elas falam de choro.
Elas falam de liberdades arrebatadoras.

Ouço corpos suados ecoando poesias.
Vejo sentimentos ardentes queimando no amor.
Cheiro brisas suaves de mãos entrelaçadas.
Sinto o doce gosto de meus ossos  congelados.
Toco o fogo latente da vida exposta na estrada.

Pássaros cantam.
Ouvidos paralisam.
Olhos se cegam.
Bocas se calem.
Há uma mensagem.




Renato da Silva Carvalho